quinta-feira, 9 de outubro de 2014

TEXTO DE FERNANDO COELHO - poeta e jornalista, baiano de Conceição do Almeida radicado em São Paulo.

Dina Garcia II não é uma pintora comum. Está alinhavada de sotaques do Recôncavo. Como aquelas borboletas transparentes que me rodearam toda a infância. Ela é de Cruz das Almas, espécie de capital daquele pedaço onde minha infância permanece intacta. Artista autodidata, deixa perpassar em suas manifestações de artista plástica, influências fauvistas, cubistas e expressionistas. Levemente, tão somente. Usa acrílico, desde 1997, em suas telas. Intuitiva, forte, generosa com os formatos que constrói e enaltece, é ela própria. São 56 exposições coletivas. 17 individuais. Duas na França, terra do mestre do fauvismo Henri Matisse. A Europa, Estados Unidos e Japão possuem obras de Dina Garcia. E uma exposição permanente em Cachoeira, terra delicada e sensorial daquele trecho generoso de sol e águas entrecortadas de mar e do rio Paraguaçu, que desemboca, límpido, no fundo da Baia de Todos os Santos. Dina ilustra também os meus poemas em minha página. Eu a recebo com a mesma honra e o mesmo jeito de chorar beleza, com que tenho as presenças de Akira CravoAngelo Raviz TokutakeNivaldo OliveiraAmorim MeloLeide OliveiraFonso FerreiraAlice Okawara,Christiane Nery MedeirosPatricia Guerra e Ferrugem João Alves.

O que reflete a arte de viver é amar. O amor não é uma pintura fácil, como arte de vida, nem quem ama tem uma vida fácil, para compreender a arte. O amor nunca está entre a verdade e a mentira. É complexo e, tão raro, que tem cores que as cores não possuem. Poema do meu amigo Fernando Coelho!

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